Corpo do piloto valadarense que morreu no acidente com Eduardo Campos chega a Valadares

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Avião com corpo de Geraldo da Cunha pousou às 19h44. Velório está sendo realizado em Igreja do bairro São Pedro

Chegou na noite deste sábado, 16 de agosto, em Governador Valadares, no Leste de Minas, os restos mortais do copiloto Geraldo Magela Barbosa da Cunha, de 45 anos, uma das sete vítimas do acidente de avião em que estava o candidato a presidente Eduardo Campos (PSB). O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com o corpo do copiloto pousou na cidade mineira às 19h44, após 1h20 de voo. O irmão da vítima também estava junto no desembarque. O corpo será sepultado na cidade natal de Geraldo Magela a pedido da mãe, Odete Ferreira da Cunha, de 79 anos, que decidiu enterrá-lo na mesma sepultura do pai e avós.

Corpo de Geraldo da Cunha foi levado para uma Igreja no Bairro São Pedro (Foto: Diego Souza/G1)

Assim que desembarcou, o corpo foi levado direto para a 6ª Igreja Presbiteriana, no bairro São Pedro, onde será velado. O sepultamento no Cemitério Santa Rita está previsto para este domingo (17), às 14h. As amostras de DNA de parentes dele foram colhidas em Valadares na quinta-feira para os exames que foram feitos no IML de Santos neste sábado para identificação do corpo. “Era um filho amado, cheio de vida e sonhos. Planejava me levar para conhecer Israel, mas não deu. Nosso tempo não é o tempo de Deus, que sabe todas as coisas”, desabafou a aposentada, que estava na recepção de um consultório médico quando viu a notícia do acidente pela televisão.

Magela era o caçula dos quatro filhos. “Pedia a Deus que não fosse verdade. A gente pensa que nunca vai acontecer com a gente, mas acontece. É triste demais perder um filho assim”, reclama Odete, contando que todos os dias os dois conversavam por telefone e isso os aproximava, apesar da distância.

Para o irmão, o fabricante de barcos Eduardo Barbosa da Cunha, de 50 anos, Magela deixa um legado. “Era um homem de poucas palavras, mas de grandes decisões. Muito focado, tranquilo, organizado e um ser humano especial. Conseguiu realizar o sonho de ser piloto, apesar das dificuldades da família. Agora está voando mais alto”, disse, sem segurar a emoção e as lágrimas. Segundo Eduardo, a família recebe apoio dos governos de Minas Gerais, Pernambuco e da Força Aérea Brasileira.

Magela emigrou para os Estados Unidos na década de 1980, onde estudou aviação, e retornou ao Brasil há sete anos. Era piloto há 20 anos. Casado e pai de um menino de quatro anos, morava com a família em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. A viúva Joseline Amaral Cunha está grávida de sete meses e deve chegar à casa da família no Bairro São Pedro em Valadares na segunda-feira. (Hoje em Dia)

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