Funcionários da Copasa entram de greve em todo o Estado de Minas Gerais

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Entre 60% e 70% do total de funcionários devem aderir à manifestação. Melhores condições de trabalho e revisão do plano de carreira estão entre reivindicações

Mais da metade dos cerca de 12 mil empregados da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) devem entrar de greve a partir da terça-feira (12). A decisão foi tomada em assembleia dos funcionários no último dia 6 de agosto. De acordo com o diretor de comunicação do sindicato da categoria (Sindágua), Rogério Matos, a greve é uma resposta à posição inflexível da Copasa para negociar com os empregados.

Rogério explica que o sindicato elaborou uma lista com 48 reivindicações, mas que a direção da empresa optou por não discuti-las com os empregados e propôs o reajuste do salário com base na inflação do ano passado e o aumento do vale-alimentação. “A principal questão é o ganho real no salário dos trabalhadores. A empresa vem lucrando ano após ano e nós entendemos que fazemos parte dessa lucratividade e merecemos uma contrapartida”, resume o diretor.

Questões como revisão do plano de carreira, melhor distribuição dos recursos investidos pela empresa no estado e ampliação das ações internas de saúde e segurança no trabalho também estão na pauta dos manifestantes. “Estamos enfrentando problemas que não aconteciam, como acidentes graves e até mortes no trabalho. São temas que são bons, inclusive, para a empresa, mas o diálogo não está aberto”, afirma Rogério. De acordo com o sindicato, a previsão é fazer uma assembleia no final da terça-feira para reavaliar os rumos da greve em função da posição da empresa.

Esclarecimentos da Copasa

Em nota de sua assessoria de imprensa, a Copasa esclareceu que apresentou proposta de reajuste dos salários e dos benefícios com base no INPC, além do reajuste no tíquete de alimentação de seus funcionários, mas ainda o sindicato optou pela greve. À população usuária dos serviços de saneamento, a Copasa destaca o acordo feito com o sindicato, por intermédio do Ministério Público do Trabalho, de que a manutenção das demandas essenciais e emergenciais serão mantidas mesmo durante a manifestação.

(O Tempo)

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