Suplementos e anabolizantes ilegais eram vendidos pela internet em Montes Claros

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Os produtos eram trazidos no Paraguai para venda em Minas. Quatro pessoas foram presas durante a Operação Fitness, entre eles um dono de academia. A maioria que comprava anabolizantes era mulheres.

Material apreendido pela polícia durante a operação (Foto: Michelly Oda / G1)

Os quatro presos na última sexta-feira na Operação Fitness, de combate da venda ilegal de suplementos e anabolizantes, comercializavam os produtos em academias e em uma loja do Norte de Minas Gerais. Os traficantes também vendiam pela internet, telefone e recebiam pedidos até pelo WhatsApp.

A Polícia Civil detalhou, nesta segunda-feira, a atuação da quadrilha que buscava produtos no Paraguai. Uma informação que surpreendeu os investigadores é que a maioria dos clientes que comprava anabolizantes era mulheres.

Foram pesos Josimar Fernandes Rodrigues, o “Jô” (dono de loja); Marcos David de Oliveira, o “Marquinhos Jiu Jistu” (dono de academia), Diomendes Pereira Benevides Júnior, o “Júnior da Nutriesporte” e Felipe Alberto Cardoso Costa. Com eles, a polícia apreendeu 96 ampolas de Durateston, 158 cápsulas de Oxadrolona, 23 pastilhas de cafeína, 70 cápsulas de testosterona, 86 de Melatonin, entre outros produtos. Conforme a polícia, todos os materiais eram irregulares, com rótulos em línguas diferentes do português.

As investigações começaram com o Ministério Público em maio de 2013, com denúncias de que acontecia venda desses produtos na rede Academia Atlética, que tem três unidades em Montes Claros. Além das academias, também foi alvo da investigação policial a loja de Josimar. Em outubro, o MP repassou as informações para Polícia Civil, que intensificou as apurações.

Na sexta-feira, foi montada a operação para cumprimento de mandados de prisão, busca e apreensão em Montes Claros, Januária e Belo Horizonte. Também participaram da operação a Vigilância Sanitária e a Receita Estadual. Ao todo, 50 policiais participaram dos trabalhos.

Além das denúncias, os policiais apuraram o enriquecimento ilícito dos envolvidos, inclusive com o crescimento espantoso da rede de academias. Conforme a Vigilância Sanitária, as mercadorias apreendidas poderiam causar aos compradores problemas hepáticos, cardíacos, comprometimento dos rins, disfunção erétil e levam à morte em casos mais extremos.

Conforme o delegado Bruno Rezende, que comandou a operação, os presos podem pegar de 10 a 12 anos de prisão pelo tráfico de mercadoria irregular. (Estado de Minas)

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