Mãe agride filho de quatro anos em Governador Valadares

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Um menino de apenas 4 anos está sob os cuidados do Conselho Tutelar de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, após sofrer maus-tratos da própria mãe. Além de agredir a criança constantemente, ela colocava o filho para dormir no quintal de casa. Mesmo com as denúncias, a mulher foi encaminhada à delegacia, nessa quinta-feira (3), ouvida e liberada.

A Polícia Militar foi acionada por uma conselheira tutelar que recebeu as denúncias dos vizinhos. Segundo eles, Ivanilza Gomes de Meira Soares agredia a criança várias vezes ao dia. Após as agressões, como forma de castigo, o garoto era colocado do lado de fora da casa, localizada na rua Três, do bairro Planalto, para dormir.

(Foto: Divulgação)

“Ela batia e batia muito, além de xingar o menino com vários palavrões. O pior é que os pais dela também maltratavam a criança. O menino chorava o tempo todo. Era uma situação muito difícil de presenciar”, disse o vizinho Osias Jacinto Rodrigues, de 63 anos.

Os moradores da região também disseram que a agressora deixava o filho sem alimentação. Quando os policiais chegaram em companhia da conselheira encontraram a vítima com hematomas no rosto. Ivanilza não soube informar a origem dos machucados e não comentou o caso de maus-tratos.

Ainda conforme o vizinho, Ivanilza tem sete filhos, mas somente o caçula mora com a mãe. “A avó do garoto mora no bairro há mais de 20 anos, mas a família nunca foi de conversar com os outros moradores. O menino está desnutrido porque passa fome. Eles não querem saber”, contou o aposentado.

A dona de casa foi encaminhada à Delegacia de Plantão de Governador Valadares, mas foi liberada horas depois. A criança foi levada para o Hospital Municipal da cidade, recebeu atendimento médico e foi liberada.

A notícia da liberação da mulher revoltou Rodrigues. “Não é possível que ela tenha sido liberada. Por mim, a Ivanilza ficava presa um pouco mais para aprender que não se deve maltratar criança”, desabafou.

A delegada responsável pela investigação, Adeliana Mariano, explicou que Ivanilza não ficou presa uma vez que não tinha prova substancial.

“O caso foi atendido por um delegado de plantão. A conselheira tutelar não levou a criança à delegacia e foi direto para o hospital. Por esse motivo, ele não viu os ferimentos e não houve a comprovação das agressões”, explicou.

Segundo Adeliana, foi aberto um inquérito policial, onde testemunhas serão ouvidas e provas recolhidas. Caso sejam comprovadas as agressões, a suspeita pode ser indiciada por maus-tratos, com pena que varia entre dois meses e um ano de reclusão, e lesão corporação, com punição de três meses a três anos.

“Vamos verificar também se os outros sete filhos foram agredidos e qual a situação da família. Se for comprovado algo errado, ela pode perder a guarda das crianças”, finalizou. (O Tempo)

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