Hospital do município de Mutum vai receber equipamentos e obras

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Cidade mineira poderá também ser um dos pólos da Rede de Urgência e Emergência Macro Leste do Sul


Secretário de Saúde, Antônio Jorge anunciou novas medidas em visita à instituição nesta sexta-feira

O Hospital São Vicente de Paula, de Mutum, poderá ser uma das referências assistenciais da Rede de Urgência e Emergência Macro Leste do Sul e sede do Serviço Móvel de Urgência (SAMU). O anúncio foi feito pelo secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, na manhã desta sexta-feira (10/01), durante visita técnica à instituição. A Rede, segundo o secretário, começará a ser implantada ainda neste ano.

O secretário anunciou, ainda, a realização de obras no pronto atendimento e a entrega de um aparelho de Raio X e de ultrassom ao hospital. No entanto, Antônio Jorge alertou que equipamentos novos e as obras não são suficientes para fortalecer a instituição. “O fortalecimento da rede hospitalar depende da racionalidade na escala. Um hospital para ser resolutivo tem que ter, no mínimo, três médicos e várias especialidades. Por isso, a solução da qualidade hospitalar passa pela fusão dos pequenos”, alertou o secretário. “Essa é uma discussão republicana e corajosa. Temos que ter a garantia de que os municípios do entorno encaminharão pacientes. Só equipamentos não mudam a realidade assistencial. A solução é regional”, reafirmou Antônio Jorge.

Antes da visita ao hospital, o secretário se reuniu com o prefeito João Batista Marçal, com a secretária municipal de Saúde, Thiara Guimarães e com representantes da sociedade local. Na reunião, Antônio Jorge disse que o desafio maior na área de saúde ainda é a qualificação do investimento, necessária para que o recurso público se transforme, de fato, em benefício para a sociedade. Segundo Antônio Jorge, investimento vem sempre atrás de bons projetos. ” O Estado vai investir em Mutum para melhorar o pronto atendimento. Mas é preciso pensar a saúde regionalmente. Nessa micro região há dez hospitais de pequeno porte. Cada um tem um clínico, que atende a cerca de 30% da demanda. Juntos, esses municípios gastam R$ 1 milhão por mês, sem que haja resolutividade. A maior parte da demanda continua indo para Manhuaçu. Por isso, é preciso unir esforços. Para não fechar, é preciso que haja complementariedade, eliminando a competição entre eles. Em Mutum, há capacidade e estrutura física, mas é preciso despir-se de vaidades locais e pensar regionalmente”, insistiu.

O prefeito de Mutum João Batista comemorou a disposição do Governo de Minas em investir na saúde do município. No entanto, ele reconhece que o desafio é muito grande. “O município tem 27 mil habitantes, uma grande extensão territorial e uma demanda que cresce a cada dia. Além da sede, recebemos pacientes dos cinco distritos e de seis povoados, o que resulta em mais investimento no transporte dos pacientes, muitos deles vítimas da alta Incidência da violência. Sabemos que há muitos desafios, mas não administramos sozinhos. Não é possível administrar sem parcerias”, admitiu o prefeito, referindo-se ao apoio do Governo de Minas e da sociedade civil, que na reunião foi representada pela Sociedade São Vicente de Paula, mantenedora da instituição, por duas lojas maçônicas e outras lideranças locais.

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