Coronavírus no Brasil: mortes somam 359 e infectados são mais de 9 mil

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O número de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus no Brasil subiu de 7.910 para 9.056 entre ontem (2) e hoje (3), conforme a atualização do Ministério da Saúde.

O número de óbitos por covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, saltou de 299 para 359. O índice de letalidade, que era de 3,5% no início da semana, foi para 3,8% ontem e chegou a 4% no balanço anunciado hoje.

Os novos casos totalizaram 1.146. O resultado significou um aumento de 15% em relação ao total registrado antes. Foi o maior número de novos casos em um dia desde o início da série.

Casos e óbitos por estado

EstadoCasos confirmadosÓbitos confirmados
Acre460
Alagoas222
Amapá190
Amazonas2607
Bahia2825
Ceará62722
Distrito Federal4025
Espírito Santo1394
Goiás882
Maranhão811
Mato Grosso441
Mato Grosso do Sul601
Minas Gerais3976
Paraná3014
Paraíba291
Pará501
Pernambuco13610
Piauí214
Rio Grande do Norte1764
Rio Grande do Sul3965
Rio de Janeiro107447
Rondônia101
Roraima300
Santa Catarina2815
Sergipe252
São Paulo4048219
Tocantins120

Casos por dia

Já as novas mortes em um dia também bateram recorde, com 60. Nos quatro dias desta semana, os números de novas mortes foram de 23, 42, 40 e 58. No tocante ao perfil, 57,7% eram homens e 42,3%, mulheres. No recorte por idade, 85% das vítimas tinham acima de 60 anos.

Já com relação às doenças de pessoas que faleceram, 164 tinham alguma cardiopatia, 114 tinham diabetes, 45 passavam por alguma condição respiratória e outros 30 apresentavam alguma patologia neurológica. As hospitalizações por covid-19 totalizam 1.769.

Insumos e equipamentos

O ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, voltou a fala no receio com o abastecimento de insumos e equipamentos. Isso porque a China é responsável por boa parte do mercado e ficou sem exportar durante dois meses. Quando voltou a comercializar, há algumas semanas, a demanda internacional tem sido enorme.

Governos do Nordeste, exemplificou Mandetta, adquiriram respiradores e ventiladores de fornecedores chineses. Mas hoje foi comunicado que a compra não se confirmou. Com a pandemia, diversos países estão tendo políticas voltadas a garantir o seu mercado interno.

“Temos um clima delicado no mundo. Estamos vendo retenção sobre produções globais de máscaras. Antes era global agora é só para atender o meu país. Estamos dialogando com países para ter racionalidade e achar ponto de equilíbrio. Vamos precisar de entendimento para que cada país ultrapasse com dignidade essas questões”, disse.

O titular da pasta da saúde comentou o caso de Manaus, que pediu socorro ao Ministério da Saúde por falta de capacidade do sistema de saúde local de atender à demanda. O órgão viabilizou o transporte de respiradores obtidos juntamente à Rede D´Or utilizando a Força Aérea Brasileira.

Mandetta reiterou a importância das medidas de retenção da circulação de pessoas adotadas pelos governos estaduais. “Cada pessoa que deixa de ir pro CTI é insumo que estamos economizando porque sabemos que podemos ter espiral de casos que vão demandar todo o sistema de saúde”, acrescentou.

Médico não abandona paciente

Perguntado por jornalistas, Mandetta falou sobre a relação com o presidente Jair Bolsonaro. Ele afirmou que “médico não abandona paciente.” O ministro disse entender as pressões de empresários, o lado político e a cobrança de que a solução seja rápida.  E cogitou sair no futuro, mas reafirmou que não deixará o cargo agora.

“O caso é uma situação global que nos desafia a todos, e estamos aqui para trabalhar, para ajudar. Se depois que isso terminar, tenho certeza que por qualquer uma das situações, talvez seja mais importante ir debater o sistema de saúde pós-covid em outro lugar. Mas no momento, eu vou estar ali. E vamos ter dias ruins”, afirmou.

O presidente Jair Bolsonaro vem defendendo a retomada das atividades econômicas e alívio nas medidas de distanciamento social. O ministro defendeu que as pessoas atendam às recomendações dos governadores dos seus estados, que têm os melhores números e avaliações sobre a realidade das suas localidades. “Sociedades que conseguiram código de comportamento restrito, conseguiram passar sem a espiral alta. As que não conseguiram, tiveram colapso. E quando acontece isso, a economia sofre muito mais”, opinou.

Hospital de campanha

O ministro informou que o governo está desenvolvendo um modelo de hospital de campanha que poderá ser implantado em estados que tenham necessidade. A primeira unidade deverá ser instalada no entorno de Brasília, região que pertence ao estado de Goiás mas que fica distante da capital, Goiânia.

O projeto vai funcionar como uma espécie de “piloto”. “Vamos ver como a unidade se dá, do ponto zero até hora que está instalada. Após a confecção devemos saber como apoiar os estados”, disse Mandetta.

Casos e óbitos no mundo

Informações extraídas às 23h30 desta quinta-feira, 03/04/2020, do sistema de monitoramento da universidade norte-americana Johns Hopkins.

 Casos ConfirmadosÓbitosCurados
Mundo1.098.84858.871226.106
PaísCasos ConfirmadosÓbitosCurados
Estados Unidos277.8287.1419.823
Itália119.82714.68119.758
Espanha119.19911.19830.513
Alemanha91.1591.27524.575
China82.5113.32676.760
França65.2026.52014.135
Irã53.1833.29417.935
Inglaterra (Reino Unido)38.6903.611209
Turquia20.921425484
Suiça19.6065914.846
Bélgica16.7701.1432.872
Holanda15.8211.492260
Canadá12.5451882.321
Áustria11.5241682.022
Coréia do Sul10.0621746.021
Portugal9.88624668
Brasil9.056359127
Israel7.42840403
Suécia6.131358205
Noruega5.3705932
Austrália5.33028649

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