Confirmado caso de leishmaniose visceral em Capelinha

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Após exames na Funed (Fundação Ezequiel Dias), foi confirmado um caso de Leishmaniose Visceral Canina (LVC) em Capelinha (MG). O animal infectado, uma cadela da raça buldogue francês, foi levado de Belo Horizonte para a cidade do Vale do Jequitinhonha após ser doado a uma moradora do Bairro Piedade. A Vigilância Ambiental, tão logo tomou conhecimento da suspeita, vem realizando os procedimentos pertinentes, que levaram à confirmação laboratorial da doença. Estão em vigor ações de bloqueio ao mosquito transmissor da LVC, popularmente chamado de mosquito palha.

Conforme determinação do Ministério da Saúde, foi procedida a eutanásia do animal imediatamente após a confirmação.

De acordo com estudos entomológicos (para identificar a presença do mosquito), realizados no município nos últimos anos, não foi constatada a presença deste vetor em circulação na área urbana. A última foi realizada em 2017, e será repetida ainda esse ano por solicitação da Secretaria Municipal de Saúde.

SAIBA MAIS – A leishmaniose visceral é uma doença grave de evolução lenta e silenciosa, com alta letalidade, tanto em cães quanto em humanos.

É causada por um protozoário transmitido pelo mosquito palha ao homem e ao cão (chamado neste caso de “reservatório”), bastante comum nas regiões Nordeste e Centro-Oeste do país. É uma doença de evolução lenta, normalmente assintomática, ou seja, demora para apresentar os sintomas. Sendo assim, os indicadores apontam que provavelmente a cadela veio da capital contaminada e desenvolveu a patologia já em solo capelinhense.

Atualmente, há uma cadela em observação, sob os cuidados da APCC (Associação de Proteção aos Cães de Capelinha), que aguarda resultado de exame laboratorial, já providenciado pelo município.

ALARDE NÃO. CAUTELA SIM – A Vigilância Ambiental informa que não há motivos para alarde, pois, além de não ter contraído a leishmaniose em Capelinha, a cadela não teve acesso às ruas, era criada como animal doméstico. A recomendação é de cautela e ações básicas, como:

  • Manter o animal de estimação nos domínios do domicílio (evite deixá-lo ir para a rua) / – Manter casa e quintais limpos, principalmente o local onde o animal fica, dorme ou circula (evite deixar expostas sobras de alimentos) / – Manutenção da limpeza urbana (ação já realizada periodicamente pela Prefeitura) / – Uso de coleiras impregnadas com Deltametrina a 4% (facilmente encontrado em casas veterinárias e pet shops).

PREVENÇÃO E COMBATE – A Coordenação de Vigilância em Saúde realizou, no dia 27 de setembro de 2019, reunião de preparação de equipe para ações preventivas e de bloqueio do mosquito transmissor da leishmaniose visceral canina. Participaram representantes da Epidemiologia, Vigilância Ambiental (agentes de Controle de Endemias), Secretaria de Agricultura e veterinário municipal. No mesmo dia ocorreram visitas domiciliares para levantamento do número de cães na região em torno do caso confirmado.

E, nesta semana, os agentes de Endemias e o veterinário municipal realizarão as atividades de inquérito canino, ou seja, farão a triagem para a doença LVC, através de teste rápido e coleta de sangue para confirmação laboratorial dos animais que tiverem o teste “positivo”. Vale ressaltar: o teste rápido não é diagnóstico. Somente é possível confirmar após exame laboratorial.

DÚVIDAS: Basta procurar o Setor de Vigilância Ambiental, na rua das Flores, 283, ou a Coordenação Municipal de Vigilância em Saúde, na Praça do Povo, 50. Contatos: (33) 3516-4413 e 3516-3812.

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