Suspeito de chacina em igreja de Paracatu teria premeditado os crimes, diz PCMG

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Em menos de dez dias para a conclusão do inquérito policial que investigou a morte de quatro pessoas e a tentativa de assassinato de um pastor em Paracatu, no Noroeste de Minas, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu que o suspeito dos crimes, Rudson Aragão Guimarães, 39 anos, teria premeditado todas as ações. Além disso, foi descartada a hipótese de feminicídio no caso do homicídio de Heloísa Vieira Andrade, 59, ex-namorada do investigado.






“Todos os indícios colhidos pela PCMG indicam que Rudson tinha plena consciência do que estava fazendo em todos os momentos. Conseguimos delimitar que ele teria premeditado os crimes com total capacidade de determinação quanto à realidade, durante a execução dos crimes, e quanto às vítimas fatais”, explicou a Delegada do caso Thays Regina Silva.

A Polícia Civil confirmou, ainda, que a motivação para os crimes seria em função do descontentamento de Rudson por ter sido excluído de uma posição de liderança na comunidade religiosa. “Conseguimos provas de que quando do afastamento dele da igreja, chegou a encaminhar várias mensagens via WhatsApp em grupos da célula religiosa, tentando difamar o pastor, que foi obrigado a excluí-lo dos grupos”, destacou a autoridade policial.

Ainda de acordo com a Delegada, a exclusão dos grupos teria provocado de vez a ira do suspeito, não só em relação ao líder religioso, como também dos que não o defenderam. “Isso inclusive reforça a linha investigativa de que o assassinato de Heloísa não foi passional, afinal, ela também participava ativamente da mesma comunidade e, inclusive, havia se negado a emprestar dinheiro a Rudson. Foi demonstrado no inquérito que ela continuava sendo muito carinhosa e atenciosa com o suspeito mesmo a partir desses fatos”, pontuou.

Outro aspecto esclarecido pela PCMG durante o inquérito foi em relação à origem da arma utilizada nos crimes, uma pistola tipo cartucheira calibre 36. Na última terça-feira (28), policiais civis cumpriram mandados de busca e apreensão em diversas residências. Em uma delas, foi encontrada grande quantidade de armas e munições de calibres restritos e irrestritos. O homem flagrado com o material confessou à Polícia que teria vendido a arma do crime para Rudson.

Após o auto de prisão em flagrante, Rudson teve a prisão preventiva decretada, sendo indiciado pelos quatro homicídios consumados, com a incidência de duas qualificadoras ¿ motivação torpe e impossibilidade de defesa da vítima ¿ bem como a tentativa de homicídio do pastor da igreja, com a incidência das mesmas qualificadoras.

“Só tenho a elogiar a equipe da Delegacia de Homicídios em Paracatu e dos investigadores que deram apoio tanto na ocasião do crime quanto na condução rápida das investigações, o que levou à conclusão célere de todo o inquérito. A parte da Polícia Civil foi concluída com brilhantismo por essa Delegacia”, concluiu o Delegado Regional de Paracatu Tiago Ludwig.

Durante interrogatório formal, o suspeito se reservou ao direito de ficar em silêncio, sem prestar esclarecimento dos fatos. Ele se encontra recolhido no Sistema Prisional, à disposição da Justiça.

Relembre o caso

Segundo as investigações, Rudson é apontado como assassino da ex-esposa Heloísa Vieira Andrade, 59, Antônio Rama, 67, Rosângela Albernaz, 50, e Marilene Martins de Melo Neves, 52. Além disso, tentou matar o pastor.

Inicialmente, o suspeito foi até a casa da irmã dele, onde estava Heloísa, sentada em um sofá, e a atacou com um canivete. Rudson então, usando uma cartucheira calibre 36, foi a pé até a igreja, próxima à residência da irmã, onde teria matado as outras três vítimas.

“Conforme as imagens apuradas do circuito interno da igreja, foram oito minutos de puro terror. Ele recarregava, mirava e atirava. O pastor, alvo do suspeito, conseguiu escapar e sofreu lesões na fuga”, lembrou a Delegada.

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(Fonte: PCMG)

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