Endereços ligados ao senador Aécio Neves são alvos de operação da Polícia Federal

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A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (20/12/2018) a segunda fase da Operação Ross, que investiga o senador Aécio Neves. De acordo com a PF, a operação tem como objetivo apurar o recebimento de vantagens indevidas por parte do senador, “solicitadas a um grande grupo empresarial do ramo frigorífico, entre os anos de 2014 e 2017”.

Os policiais federais cumpriram três mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao senador, em Belo Horizonte. Os locais são a casa da mãe do parlamentar, além de uma empresa de comunicação, que seria da jornalista Andrea Neves, irmã de Aécio, e do seu primo Frederico Pacheco, além da casa deste.

As buscas foram determinadas pelo ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Primeira fase

Na primeira fase da Operação Ross, deflagrada no dia 11 deste mês, a PF cumpriu 24 mandados de busca e apreensão e 48 intimações para depoimentos no Distrito Federal, em São Paulo, Minas Gerais, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e na Bahia, além de Mato Grosso do Sul, do Tocantins e Amapá. Os alvos foram o senador Aécio Neves (PSDB-MG), a irmã dele, Andrea Neves, e o primo Frederico Pacheco de Medeiros. Também os senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e José Agripino Maia (DEM-RN) foram investigados, além doss deputados Paulinho da Força (Solidariedade-SP), Benito Gama (PTB-BA) e Cristiane Brasil (PTB-RJ).

Naquela ocasião, o senador Aécio Neves afirmou que “delatores, em busca da manutenção da sua incrível imunidade penal, falseiam as informações e transformam algo lícito, legal, [em algo] com aparência de crime. Não houve nenhuma ilicitude. Chega de tentar transformar a realidade em benefícios para esses delatores. Tenho absoluta confiança na Justiça. A seriedade dessas apurações vai mostrar o que foi feito de forma correta, não apenas em relação ao PSDB, mas a outros partidos políticos. Criminalizar a doação que era legal é um desserviço à verdade e à Justiça”,

De acordo com a PF, o nome da Operação Ross é referência ao explorador britânico que dá nome à maior plataforma de gelo do mundo, na Antártida, fazendo alusão às notas fiscais frias que estão sendo investigadas.A Operação Ross é um desdobramento da Patmos, deflagrada pela PF em maio de 2017. Os valores investigados, que teriam sido utilizados também para a obtenção de apoio político, ultrapassam R$ 100 milhões.

Nota do advogado de Aécio:

“Recebemos com absoluta indignação a notícia de busca na residência da mãe do Senador Aécio Neves, uma vez que ela nada tem a ver com os fatos em apuração.

Desnecessária e descabida, a busca foi realizada a partir de uma denúncia anônima. Nada foi encontrado e nenhum documento apreendido.

Bastava que se consultasse o sistema de imagens do prédio para se comprovar a falsidade da denúncia e se evitar violência e afronta à privacidade de uma cidadã brasileira.

A empresa Albatroz mencionada ficou inativa por sete anos até ser extinta seis anos atrás, sendo, portanto, incompreensível o pedido de busca numa empresa que as autoridades sabem não existir. O mesmo endereço já havia sido alvo de busca e apreensão em 2017 e nada de irregular foi encontrado.

Reiteramos, como já feito em diversas oportunidades, que o senador Aécio sempre esteve à disposição de todas as autoridades, sendo ele o maior interessado na elucidação dos fatos.

Por fim, aguardamos a finalização célere das investigações para que fiquem provadas, de uma vez por todas, as falsas e convenientes acusações feitas por delatores, criminosos confessos, que ensejam esse inquérito.

Alberto Zacharias Toron

Advogado”

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(Fonte: G1 e Agência Brasil)

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