Arqueólogos descobrem máscara de pedra de nove mil anos

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O anúncio hoje (28/11/2018) da descoberta de uma máscara de pedra de 9 mil anos de antiguidade perto do assentamento judaico de Pnei Hever, na Cisjordânia ocupada, reforça a teoria dos arqueólogos de que encontraram um centro de produção de máscaras do Neolítico.

A peça, talhada em pedra caliça amarela rosácea e com quatro buracos no seu perímetro, provavelmente para amarrá-la a um rosto humano vivo ou a um bastão ou instrumento similar para sua exibição, segundo os arqueólogos, foi encontrada há alguns meses.

A máscara foi transportada para análise nos laboratórios da Autoridade Arqueológica de Israel (AAI), em Jerusalém. O estudo inicial da máscara será apresentado amanhã (29) na reunião anual da Sociedade Pré-Histórica de Israel.

“É uma descoberta arqueológica extraordinária. E mais incomum ainda é que saibamos de que jazida provém”, declarou Ronit Lupu, da unidade de Prevenção de Roubos de Antiguidades da AAI, em comunicado.

“Que saibamos o lugar específico onde foi descoberta faz com que esta máscara seja mais importante que a maioria das outras deste período que conhecemos”, acrescentou a arqueóloga.

Máscara de pedra de nove mil anos (Foto: Divulgação/Agência EFE)

Peça rara

Lupu destacou que o alto nível de acabamento da peça também a distingue. Segundo o diretor do Departamento de Pesquisa Arqueológica da AAI, Omry Barzilai, as máscaras de pedra estão relacionadas com a revolução agrária.

“A transição de uma economia baseada na caçada e coleta a uma baseada nos princípios da agricultura e da domesticação de plantas e animais esteve acompanhada de mudanças na estrutura social e de um aumento substancial nas atividades religiosas rituais”, afirmou.

“A descoberta de elementos rituais daquele período inclui figuras humanas, caveiras engessadas e máscaras de pedra”, completou Barzilai.

Segundo os pesquisadores, há apenas outras 15 máscaras conhecidas no mundo que datam desse período, e só duas delas foram descobertas em um contexto arqueológico claro. As restantes se encontram em coleções privadas, o que dificulta o seu estudo.

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(Fonte: Agência EFE)

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