Reconhecidos territórios de duas comunidades quilombolas no Vale do Jequitinhonha

2

O Incra reconheceu, por meio de portarias publicadas no Diário Oficial da União, o território das comunidades quilombolas Lagoa Grande e Marobá dos Teixeira, ambas localizadas no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. A primeira portaria, assinada pelo presidente da autarquia, foi publicada dia 26 de setembro e a segunda em 23 de outubro.

Os instrumentos são requisitos para a regularização fundiária de comunidades remanescentes de quilombo. As próximas etapas são o decreto presidencial de desapropriação e a titulação coletiva. Anteriormente, foi publicado o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) de cada uma das comunidades. O relatório reúne informações cartográficas, fundiárias agronômicas, geográficas, ecológicas, socioeconômicas, etnográficas e antropológicas. Após julgamento de eventuais contestações resultou na publicação da presente portaria.

A comunidade Lagoa Grande está localizada entre os municípios de Araçuaí, Novo Cruzeiro e Jenipapo de Minas e foi delimitada em 4,7 mil hectares. A comunidade Marobá dos Teixeira é composta por duas glebas não contínuas de 1,3 mil ha e 1,7 mil ha, denominadas Marobá e Feijoal, localizadas no município de Almenara.

Os laudos antropológicos das duas comunidades foram elaboradas pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) em acordo de cooperação técnica com o Incra/MG. O laudo é um das peças que integra o RTID.

“A comunidade Lagoa Grande está inserida nas imensas terras que foram ‘tocadas por trabalho escravo ou assalariado’, que sustentou os diversos tipos de mando político, oligárquico, característico do Vale do Jequitinhonha. Porém, a permanência dos membros da comunidade até os dias de hoje demonstra um processo de resistência sociopolítica que fundamenta o sentimento de pertencer a essas terras e, por esse motivo, o direito de reivindicá-las”, assegura o relatório.

Atualmente, há 246 processos abertos no Incra/MG para regularização de comunidades quilombolas. Dois processos estão em fase de desintrusão e titulação. Um teve decreto presidencial de desapropriação publicado; dois (Lagoa Grande e Marobá) tiveram portaria de reconhecimento do território publicada; dez já têm os RTID prontos; dez RTID estão em elaboração; 18 relatórios antropológicos estão concluídos; e outros 14 em elaboração.

Quilombo Lagoa Grande – Foto: José Marcelo Cunha/Incra-MG

Para saber mais

– Portaria de reconhecimento da comunidade Lagoa Grande

– Portaria de reconhecimento da comunidade Marobá dos Teixeira

– Etapas da regularização fundiária de comunidades quilombolas

VER PRIMEIRO

Receba as notícias do Aconteceu no Vale em primeira mão. Clique em curtir no endereço www.facebook.com/aconteceunovale ou no box abaixo:


(Fonte: Ascom Incra/MG)

2 COMENTÁRIOS

  1. Boa noite!Sou Sirlene Serra De Oliveira.Moro em São Mateus ES.Procuro por meus antepassados.Meu pai José Lages De Oliveira nasceu em Novo Cruzeiro em 17 de Maio de 1917, foi ainda jovem para Posto da Mata Bahia , viveu e morreu os últimos anos em Linhares ES.Procurei um quilombo por causa da nossa caraterística física .Eu li que muitas pessoas foram do Nordeste Brasileiro para o Vale do Jequitinhonha .Será que vocês poderiam me ajudar?Meu WhatsApp é 27 99627 8324.Ótimo Fim de Semana Obrigada.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui