TEÓFILO OTONI: Instituto Estadual de Florestas promove capacitação para detentos

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A fim de aproveitar a mão de obra prisional na produção de mudas e recuperação de áreas degradadas, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) promoveu, na última semana, um curso para construção de cercas ecologicamente corretas e de baixo custo. O treinamento, parte do projeto Plantando a Liberdade por meio da Sustentabilidade, foi dado a dez detentos do Presídio de Teófilo Otoni, na região do Vale do Mucuri, e é fruto de uma parceria firmada com a Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS), o Sindicato de Produtores Rurais de Teófilo Otoni e a Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg).

Durante o curso que durou cinco dias e foi ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) dentro do presídio de Teófilo Otoni, os detentos tiveram aulas práticas e teóricas. Eles aprenderam a construir cercas de arame farpado e liso, de formas econômica e ecologicamente corretas, por meio do uso de eucaliptos. Para o diretor-geral do IEF, Bertholdino Teixeira júnior, o trabalho é muito importante e a meta do Instituto é capacitar detentos de outras regiões mineiras. “Esse treinamento envolve a questão ambiental e social. Por meio dele, o detento se capacita e pode usar o aprendizado ao deixar o sistema penitenciário já que há pouca mão-de-obra preparada para atuar nessa área”, explica.

A chefe do Escritório Regional Nordeste do IEF, Janaína Mendonça Pereira, uma das organizadoras do curso, afirma que neste ano serão realizadas outras ações de cercamento de nascente e recuperação de áreas de preservação permanente na região da penitenciária e em áreas particulares do entorno do presídio. Para 2014, a meta é ministrar mais cursos de capacitação em produção de mudas nativas e exóticas, técnicas de recuperação de áreas degradadas e outros voltados para ações de recuperação ambiental.

“Para nós, essa ação é uma parceria de muito sucesso já que o IEF ganha aumentando a eficiência de suas ações de fomento florestal, por meio da utilização de mão de obra prisional em atividades de produção de mudas e recuperação ambiental”, afirma. Para a chefe do regional essa é também uma forma de o Estado oferecer a chance da ressocialização com oportunidade de trabalho. “Contribuindo para o processo de defesa social, o detento ganha novas capacidades e possibilidades de geração de renda quando em liberdade, além de remissão de pena”, completa.

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