Ministério Público notifica SAAE para a adequação das condições da água em Governador Valadares

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio das Promotorias do Meio Ambiente, da Defesa da Saúde, de Crianças e Adolescentes e dos Direitos Humanos de Governador Valadares, deu o prazo de 30 dias para que o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) apresente soluções para problemas detectados em relação à qualidade da água em algumas regiões do município.

A instituição realizou, em março, nova coleta para análise da qualidade da água tratada que é consumida pela população da cidade. Os trabalhos foram conduzidos pelo Centro de Apoio Técnico (Ceat) do MPMG, e teve por objetivo instruir o Inquérito Civil nº 0105.16.000748-7.

As amostras foram coletadas diretamente nas Estações de Tratamento de Água – ETAs, considerando a água já tratada, assim como em diversos pontos espalhados por toda a cidade, priorizando o local de atendimento ao público, tais como instituições de ensino, hospitais e igrejas.

O Ceat analisou 11 pontos diferentes da cidade e da região, seis dos quais nas seguintes ETAs: Central, que é a situada na sede do SAAE, São Vítor, Baguari e naquelas situadas nos bairros Recanto dos Sonhos, Vila Isa e Santa Rita.

Conforme o MPMG, dois laboratórios realizaram a análise da água, sendo que, ao todo, cerca de 23 diferentes elementos foram considerados para a avaliação, eentre eles metais pesados, alumínio e turbidez.

Resultados

De acordo com o laudo, não foram identificados metais pesados nas saídas das ETAs, assim como nos demais pontos de distribuição analisados. Da mesma forma, não foi detectada contaminação microbiológica por coliformes totais.

Entretanto, na saída da ETA Baguari, cuja captação de água é feita no Rio Suaçuí Pequeno, a concentração de alumínio foi superior aos padrões de potabilidade, sendo que em um dos laboratórios também foi diagnosticado que a cor aparente não atendeu ao limite estabelecido pela legislação vigente.

Outro ponto em que foi detectada desconformidade entre a água tratada e a legislação que rege a matéria é o Bairro Vila Isa. Segundo apurado, apesar de não haver alteração na água que sai diretamente da ETA localizada no bairro, o alumínio e a cor aparente foram detectados em concentrações superiores ao padrão de potabilidade em uma das amostras coletadas na Igreja Católica Nossa Senhora de Fátima.

Além disso, o Hospital Samaritano, que é abrangido pela ETA Vila Isa, apresentou alterações na cor aparente. Segundo o laudo, essa situação é ocasionada pela presença de resíduos nas tubulações (rede de distribuição) do bairro, já que a água tratada na saída da ETA atendeu aos padrões de potabilidade.

Veja o laudo do CEAT

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(Fonte: MPMG)

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