Anglo American diz que só retoma operação em Minas após inspecionar 529 km de mineroduto

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Estudos preliminares indicam que os vazamentos ocorridos no mineroduto da Anglo American, em Santo Antônio do Grama (MG), nos dias 12 e 29 de março, foram provocados por trincas na solda longitudinal do tubo. A informação de que seria um defeito de fabricação do tubo foi divulgada ontem (31) pela própria empresa.

De acordo com a Anglo American, no entanto, o diagnóstico só será confirmado após a finalização das análises feitas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Diante disso, a Anglo American decidiu paralisar as operações do mineroduto, que leva minério de ferro de Conceição do Mato de Dentro (MG) ao Porto do Açu, em São João da Barra (RJ). As atividades ficarão suspensas até que seja feita uma inspeção minuciosa em todos os 529 quilômetros do duto, por uma empresa independente.

O primeiro vazamento ocorreu em 12 de março e resultou na liberação de 300 toneladas de polpa do minério em um dos córregos da zona rural de Santo Antônio da Grama. A operação do duto ficou suspensa até o dia 27 de março.

Dois dias depois, houve um novo vazamento, a 240 metros de distância primeiro, que durou de cinco a oito minutos, resultando no derramamento de 170 toneladas de polpa.

Leia o comunicado divulgado pela empresa

A Anglo American informa que estudos preliminares indicam que o vazamento ocorrido no dia 29/3 decorreu do surgimento de uma trinca na solda longitudinal do processo de fabricação do tubo, o que também parece ter sido o defeito do tubo que vazou no dia 12/03.

Esse diagnóstico só será confirmado após a finalização das análises que estão sendo conduzidas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para apurar as causas destas trincas. Os dois tubos pertenciam ao mesmo lote.

Antes de retomar a operação gradual do mineroduto na última terça-feira, dia 27/3, os tubos adjacentes ao do primeiro rompimento foram inspecionados por ultrassom e todo o mineroduto passou por testes de pressurização com água. Todas estruturas apresentaram desempenho dentro da normalidade. O retorno às operações foi autorizado depois da obtenção das aprovações das autoridades.

Diante do ocorrido, a empresa decidiu paralisar suas operações e realizar uma inspeção minuciosa em todos os 529 quilômetros do mineroduto, avaliando todos os tubos, independentemente de sua origem ou fabricante. O objetivo é garantir a integridade das instalações e a segurança de todos. A verificação será realizada por PIG Instrumentado, equipamento que percorre internamente toda a tubulação e faz uma varredura completa de diversos aspectos que compõem os tubos, gerando uma grande quantidade de informação, que será analisada por empresas independentes.

A empresa só voltará a operar após a conclusão desse teste minucioso em todos os tubos.

Na última quinta-feira (29/3), segundo dia de retomada das operações do mineroduto que leva minério de Conceição do Mato Dentro (MG) ao Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), ocorreu outro vazamento a 240 metros de distância do primeiro. O vazamento durou de cinco a oito minutos. Assim que detectado por equipes de campo que faziam a vistoria do processo de retomada gradual das operações, o funcionamento do mineroduto foi interrompido.

Aproximadamente 170 toneladas de polpa de minério – material composto de 30% de água e 70% de minério e considerado não perigoso pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) – foram carreadas para o ribeirão Santo Antônio do Grama. Os impactos do evento são considerados 100% mitigáveis. Hoje, existem 36 barramentos no córrego Santo Antônio do Grama e uma equipe de mais de 150 pessoas continua a retirar a polpa de minério da calha do rio e de suas margens.

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(Com Agência Brasil)

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