Operação investiga entrada de celulares, drogas e outros itens proibidos em penitenciária de Governador Valadares

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou na manhã de hoje, 12 de dezembro de 2017, a operação Correntes, cujo objetivo é apurar a atuação de organização criminosa que estaria fornecendo celulares, drogas, armas e outros objetos proibidos para presos da Penitenciária Francisco Floriano de Paula, localizada em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.

Com o apoio das Polícias Militar e Civil e da Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), foram cumpridos oito mandados de busca apreensão, um de prisão preventiva e quatro conduções coercitivas, além do sequestro de bens e apreensão de equipamentos eletrônicos diversos, especialmente aparelhos de telefonia celular.

Durante as investigações, foi apurado que, frequentemente, os presos se comunicam por meio de celulares, embora a penitenciária possua sistema de bloqueio telefônico. Verificou-se ainda que o meio de comunicação é utilizado para comandar a prática de crimes do lado de fora da cadeia, adquirir e vender drogas, além de fazer contato com agentes penitenciários para que forneçam, mediante pagamento, objetos proibidos.

De acordo com o que foi apurado, os agentes penitenciários integrantes da organização criminosa aproveitam o horário de almoço dos colegas para fazerem ofertas de celulares em toda a unidade prisional. Além disso, estariam danificando dolosamente os telefones públicos para obrigar a compra dos celulares, e desligando o bloqueador de sinal de telefonia para fomentar a negociação ilegal.

Em um celular apreendido ao longo da investigação, foram localizadas conversas solicitando depósito de R$ 500 na conta bancária da esposa de um agente penitenciário. Quinze dias antes, na mesma conta, já teria sido feito outro depósito de R$ 1.500 para a mesma finalidade, ou seja, a entrega de um celular e de outros itens proibidos na unidade.

Segundo os promotores de Justiça envolvidos na ação, “a operação de hoje alcançou seus objetivos de buscar e apreender, com a devida urgência, outras fontes de prova material, alcançar de forma imediata a produção de provas orais e capturar preventivamente indivíduo que representa sério risco à ordem pública e à instrução criminal, tudo em conformidade com a determinação judicial decretada”.

Penitenciária Francisco Floriano de Paula (Foto: Reprodução/Diário do Rio Doce)

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(Fonte: Gaeco Governador Valadares)

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