Caça ilegal de animais silvestres é alvo de fiscalização no Norte e Noroeste de Minas

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Uma operação de fiscalização realizada de 18 a 22 de setembro, verificou pontos estratégicos usados por traficantes e caçadores de animais silvestre das regiões norte e noroeste de Minas Gerais. Na operação foram aplicados mais de 200 mil reais em multas e apreendidos 120 animais, sendo o curió e o canário-da-terra as espécies mais apreendidas.

Plantéis de criadores amadoristas levantados por meio do Sistema de Gestão de Criação Amadorista de Passeriformes (Sispass), também foram alvo da fiscalização. Além das multas aplicadas as equipes apreenderam 12 alçapões, equipamento proibido, mas constantemente encontrado nesse tipo de fiscalização.

A Operação de Fiscalização da Fauna foi realizada pelo Núcleo de Fiscalização de Recursos Faunísticos da Diretoria de Fiscalização dos Recursos Faunísticos e Pesqueiros da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), em conjunto com a Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMA), e teve como foco os municípios de Chapada Gaúcha, Serra das Araras, Arinos, Urucuia, Buritis, Uruana de Minas e Riachinho. Nas estradas para Urucuia, Pedrinha e Chapada Gaúcha, cerca de 120 carros foram abordados em pontos estratégicos.

Cerca de 120 veículos foram abordados em três estradas (Foto: Divulgação Semad)

De acordo com o coordenador do Núcleo de Fiscalização de Recursos Faunísticos, Diêgo Maximiano, a fauna da região do norte e noroeste de Minas é rica em espécies, possuindo registros do pássaro bicudo (Sporophila maximiliani), que já foi abundante na região no século passado e hoje não é mais visto na região. “Adicionalmente, a região possui muitas espécies de psitacídeos (papagaios, periquitos e araras), que são visadas pelo tráfico de animais silvestres, cujos filhotes são subtraídos dos ninhos para abastecerem o comércio ilegal de animais silvestres”, disse.

Ainda de acordo com o coordenador, a Serra das Araras é um dos locais que mais sofrem com a superexploração desse grupo na região e em todo o Estado de Minas Gerais. “O local abriga paredões e sítios geológicos que propiciam a reprodução e sobrevivência destas aves. Esta condição é o que faz com que a Serra das Araras seja tão visada pelo tráfico de animais silvestres, principalmente com a retirada de filhotes de papagaios, araras e periquitos”, reforçou.

O coordenador também alerta que a caça é outra atividade que ameaça a fauna silvestre da região. “Segundo informações, veados são mortos ao vir beber água na beirada dos rios. Tatus e cotias também estão entre os animais mais caçados na região, por isso, é muito importante a intensificação das atividades de fiscalização, como forma repressiva de atuar contra o tráfico de animais silvestres. Também são necessárias atividades de educação ambiental, orientando e preparando a população para o convívio harmônico com a fauna local”, ressaltou.

A população pode denunciar qualquer suspeita sobre caça e atos ilícitos praticados contra a fauna por meio do telefone 155 (ligMinas) ou 181 (disk denúncia). O cidadão que possui animais irregulares pode fazer a entrega voluntária em qualquer Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) no Estado ou entrar em contato com a PMMA.

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(Fonte: Ascom Sisema / Por Milene Duque)

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