Vereador que tomou posse preso e algemado é cassado pela Câmara de Caratinga

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A Câmara Municipal de Caratinga decidiu pela cassação do mandato do Vereador Ronilson Marcílio Alves (PTC) por quebra de decoro parlamentar, durante sessão extraordinária realizada nessa quinta-feira (24). Ronilson tomou posse preso e algemado em janeiro deste ano e no mês de maio, foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a cinco anos e quatro meses de prisão em regime semiaberto por extorsão. A sentença do processo criminal também pediu a perda do mandato.

A votação do relatório final da Comissão Parlamentar Processante (CPP) foi aberta às 21h30, e durou cerca de quatro horas. Dos 17 parlamentares da casa, 13 votaram a favor e houve três abstenções. Somente o suplente Ronaldo da Milla (PSB), que tomou posse no lugar de Ronilson, não participou da votação.

O advogado de defesa do parlamentar, Dário José Soares Júnior, informou ao G1 que Ronilson continua no regime semiaberto, trabalhando durante o dia em uma farmácia da cidade e dormindo na Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac). Sobre o julgamento na câmara, a defesa disse que ainda vai avaliar se houve irregularidades no processo para decidir se vai ou não recorrer da decisão.

Vereador tomou posse algemado (Foto: Reprodução/Super Canal)

Entenda o caso

Ronilson Marcílio Alves (PTC) foi reeleito vereador pela terceira vez em outubro do ano passado, e tomou posse algemado na Câmara Municipal em janeiro deste ano. Na época, a polícia informou que ele estava preso por extorsão, mas não deu detalhes do caso porque o processo seguia em segredo de Justiça.

Em maio deste ano, ele foi condenado; segundo a ação, o político cobrou R$ 200 mil para não divulgar um vídeo íntimo envolvendo um padre da cidade. Outras três pessoas que participaram do crime também foram condenadas, entre elas, o homem que aparecia tendo relação íntima com o religioso.

Ainda segundo a Justiça, o primeiro contato do parlamentar com o padre foi no início de novembro de 2016, quando ele ligou para o religioso dizendo que um homem estava com o vídeo e tinha intenção de divulgá-lo ou repassá-lo a terceiros. Na ocasião, Ronilson teria se oferecido para intermediar a negociação da entrega do material ao padre, o que para a Justiça era uma forma de camuflar a participação dele no esquema.

Segundo o processo, o padre marcou um encontro com os envolvidos e acionou à polícia. Os quatro homens foram presos em flagrante e a PM apreendeu os vídeos usados para extorquir o religioso.

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(Fonte: G1 Vales)

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