“Morreu cumprindo a missão”, diz família de militar assassinado em Santa Margarida

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A família do cabo Marcos Marques da Silva, de 36 anos, ainda está assimilando tudo que aconteceu em Santa Margarida, na Zona da Mata mineira. O policial foi morto na manhã desta segunda-feira (10/07/2017), em uma tentativa de assalto a duas agências bancárias da cidade. Durante a ação da polícia para capturar os bandidos, Marcos foi baleado e não resistiu ao ferimento.

Segundo a Polícia Civil, três suspeitos foram presos na zona rural de Córrego Bom Jardim, distrito de Santa Margarida. Eles fugiam em um carro quando foram surpreendidos por um cerco policial.

“Foi uma fatalidade. Não podemos dizer que há um culpado na morte dele. Ele morreu cumprindo a missão dele”, disse Felipe Vieira do Amaral, de 21 anos, cunhado de Marcos. O policial, formado há 10 anos em Belo Horizonte pela Polícia Militar, voltou para a Manhuaçu há seis anos, onde morava com a esposa Dulcineia Amaral Marques, 30 anos. Ele trabalhava em Santa Margarida.

De acordo com Felipe, Marcos era uma pessoa tranquila e muito feliz. “Temos que confiar em Deus. Ele que é nossa força agora para superar tudo isso”, complementou.

Veja o vídeo da ação criminosa:



Um homem dedicado à família e policial comprometido

“Um homem dedicado à família e um policial sempre comprometido, dedicado ao serviço.” Assim o cabo Emerson Amaral, de 30 anos, descreveu seu tio, o também cabo Marcos Marques. Emerson se formou soldado na mesma época que Marcos, no fim de 2008, mas em cidades diferentes. Também não serviram nas mesmas unidades, mas tinham uma forte ligação de irmãos na fé.

As famílias do militar morto e de sua mulher, a estudante de direito Dulcineia, são evangélicas. “Ele era muito ligado aos seus pais, a quem ajudava financeiramente. Casou-se com minha tia e a família cresceu. Não tinham filhos, mas eram amados dos sobrinhos. No domingo, estavam todos juntos como de costume, em reunião da família”, contou Emerson.

Para o sobrinho do militar, Marcos morreu pela sua dedicação às regras da corporação. “Ele recuou, mas retornou na tentativa de proteger os reféns. E tenho para mim que não atirou para preservar aquelas pessoas; foi assassinado, sem chances de defesa. Nós, policiais, somos treinados para preservar vidas de inocentes e penso que foi isso o que ele fez, cumprindo seu dever, com coragem”, afirmou Amaral.

Emerson diz que a morte do tio não o desencoraja a seguir como policial. Na família dele são pelo menos sete militares, dos quais cinco em atividade. “O que fica disso tudo é a esperança de justiça. Saber da nossa missão como policiais, sabendo que depois da morte dele, os colegas de farda deram uma rápida resposta à sociedade, o que só faz admirar ainda mais essa instituição, que é a Polícia Militar. Três dos envolvidos estão presos e um quarto, foragido. Agora é esperar que se faça a justiça”, assinalou.

Cabo Marcos Marques foi assassinado em Santa Margarida (Foto: Reprodução/WhatsApp)

Clima de dor em Santa Margarida

Em Santa Margarida, o clima de dor não é diferente, diante da morte do vigilante Leonardo José Mendes, de 55, que há pelo menos 15 anos trabalhava na agência do Bando do Brasil. “Era uma pessoa conhecida da maioria dos moradores da cidade. Estamos todos chocados. Era dedicado à mulher, Luzia, e ao filho, de 22, que faz faculdade em Itaperuna (RJ). Estamos sem o que dizer, diante de tanta violência em uma cidade pequena”, disse a professora Margarida Oliveira, prima da mulher do vigilante.

O corpo de Leonardo está sendo velado na Capela São João, e será enterrado nesta terça-feira, no cemitério municipal de Santa Margarida. Já o velório do cabo Marcos Marques ocorre na igreja Assembleia de Deus de Manhuaçu. O enterro, com honras militares, será no cemitério Campo das Flores, no mesmo município.

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(Fonte: O Tempo e Estado de Minas)

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