Cruzeiro perde para a líder Chapecoense e é vaiado no Mineirão

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O Cruzeiro perdeu a chance de liderar o Campeonato Brasileiro na noite deste domingo (04/06/2017), contra a Chapecoense, no Mineirão. E a ‘lei do ex’ prevaleceu: a Raposa foi derrotada por 2 a 0, com gols de dois ex-jogadores celestes: um do atacante Wellington Paulista, em cabeceio fulminante, e outro do zagueiro Douglas Grolli, que apareceu na área para completar e ampliar o placar. O revés decepcionou a torcida celeste, que disparou vaias a todo instante do segundo tempo, enquanto a equipe era dominada pela Chape.

A derrota quebrou a sequencia invicta do Cruzeiro no Brasileirão, até aqui, e deixou o time na oitava posição, com sete pontos, levando desvantagem no saldo de gols em relação a Botafogo e Ponte Preta – zero para os mineiros, contra um dos cariocas e três dos paulistas. Já a Chapecoense engatou o sétimo jogo invicto e continua surpreendendo, agora liderando a competição. O Verdão do Oeste ocupa a ponta da tabela com dez pontos, passando o Corinthians também no saldo de gols (5 a 4).

Na próxima rodada, o Cruzeiro vai até Salvador e enfrenta o Bahia, na quinta-feira, às 21h, na Fonte Nova. Um dia antes, às 21h45, a Chapecoense recebe o Grêmio, na Arena Condá.

Cruzeiro foi surpreendido pela Chapecoense no Mineirão (Foto: Washington Alves/Cruzeiro)

O jogo

O esquema de três volantes do técnico Mano Menezes durou apenas duas partidas. Nesse tempo, a Raposa manteve o domínio no meio de campo, mas perdeu criação. Também, por jogar em casa, o treinador do Cruzeiro optou pela volta de Rafinha atuando ao lado de Alisson e Thiago Neves, deslocando Hudson para a lateral direita e deixando Lucas Romero no banco de reservas. Já a Chape, sem poder contar com o zagueiro Luiz Otávio, expulso na vitória contra o Avaí, entrou em campo com Douglas Grolli e contou com o retorno do meio-campo Seijas, que ficou fora do duelo de quinta-feira, pela Copa do Brasil.

A Chape dominou o meio-campo nos primeiros minutos. A equipe apostava, sobretudo, pelo lado direito com Apodi e Rossi, mas o Verdão do Oeste falhava no último passe. O Cruzeiro buscou dominar as ações arriscando para o gol defendido por Jandrei, como o chute de Thiago Neves, fora da área, aos cinco minutos. No entanto, o time catarinense chegou novamente na área celeste e pediu pênalti após Arthur Caike cair na área acusando Hudson de um empurrão, mas nada marcou a arbitragem. Após o lance, o jogo ficou preso e ambas as equipes apostavam nos lançamentos e forçavam os erros de passes. Nos primeiros 15 minutos, a Raposa errou o fundamento nove vezes, enquanto a Chape falhou em seis oportunidades.

A saída de bola do Cruzeiro pela direita pouco funcionava. Assim, Mano Menezes inverteu: Alisson pelo lado direito, enquanto Rafinha atuou pela esquerda. Mas quem abriu o placar foi a Chape. Aos 26 minutos, Reinaldo cobrou lateral para Seijas, que livre, cruzou da esquerda para Wellington Paulista cabecear, também com liberdade, no contrapé de Fábio: 1 a 0. Após o gol sofrido, a Raposa chegou na área adversária em bate-rebate, mas a zaga catarinense levou a melhor.

Mano Menezes desfez de suas duas principais apostas para a partida no segundo tempo: substituiu Hudson e Rafinha pelo lateral-direito Lennon e o atacante Ábila. Mas quem começou comandando as ações foi a Chape, com Rossi cruzando pela esquerda e Luiz Antônio finalizando, de fora da área, para a excelente defesa de Fábio. No cobrança de escanteio, o próprio Luiz Antônio mandou a bola rasteira na área e Douglas Grolli apareceu em cima da linha para completar e fazer 2 a 0. Após o tento catarinense, a Raposa chegou com perigo pela direita, com Lennon, que cruzou na área e Ábila, de bicicleta, mandou por cima do gol.

A Chape não se acomodou com o resultado e chegou com perigo mais uma vez com Luiz Antônio, que mandou uma bomba de fora da área, para a defesa de Fábio. Aos 12 minutos, foi a vez dos cruzeirenses reclamarem de pênalti: Thiago Neves passou pelo marcador, invadiu a área e foi derrubado, mas a arbitragem considerou lance normal. Mano Menezes, então, atendeu aos pedidos da torcida e promoveu a entrada de Robinho, no lugar de Ariel Cabral. O meia voltou a entrar em campo após 78 dias se tratando de uma lesão na coxa.

O resultado negativo tirou, definitivamente, a paciência do torcedor celeste. Aos 25 minutos, vaias fortes eram ouvidas a cada vez em que Thiago Neves dominava a bola. O futebol burocrático, com a posse de bola improdutiva, contribuiu para a gota d’água do cruzeirense presente no Mineirão. Nem a grande oportunidade do Cruzeiro, criada aos 30 minutos, quando Ábila finalizou para a grande defesa de Jandrei, pouparam críticas ao time. Isso porque os gritos de ‘time sem vergonha’ ecoaram no Mineirão. Antes do fim do jogo, mais três oportunidades perdidas, sendo uma para o Cruzeiro e outra pela Chape: Rafael Marques não conseguiu diminuir a desvantagem para o Cruzeiro, enquanto Osman e Rossi, esse último na trave, não ampliaram o placar para o Verdão.

Já no último minuto, o goleiro Jandrei buscou cortar a bola aérea na área e se chocou, de maneira proporcional, em Thiago Neves. O pênalti não foi marcado. A infração foi ignorada até mesmo pelo juiz de linha, que estava bem em frente ao lance. Após o apito final, os jogadores foram ao meio de campo e reclamaram acintosamente da arbitragem.

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(Fonte: Super Esportes / Reportagem: Matheus Adler)

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