Cruzeiro estreia com vitória na Sul-Americana

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Jogo de mata-mata é absolutamente imprevisível. Nem sempre o time em melhor fase tem vida fácil contra a equipe que não está bem. O Cruzeiro sentiu isso na pele diante do Nacional do Paraguai, nesta terça-feira (04/04/2017), no Mineirão, pelo duelo de ida da primeira fase da Copa Sul-Americana. Invicto em 2017 (15 vitórias e quatro empates), o clube celeste recebeu o penúltimo colocado do Torneio Apertura do Campeonato Paraguaio, com apenas sete pontos em 10 rodadas, e viu Jonathan Santana colocar os visitantes à frente logo no primeiro ataque. A partir dali, iniciou-se um grande desdobramento em busca da virada. Que veio com gols de Thiago Neves, aos 25min do primeiro tempo, e Ramón Ábila, aos 21min da etapa final.

O placar de 2 a 1 não foi o resultado dos sonhos. Contudo, o Cruzeiro construiu vantagem para o duelo de volta, que acontecerá somente no dia 10 de maio (quarta-feira), às 19h15, em Assunção. Para ficar com a vaga na segunda fase da Sul-Americana, a Raposa precisa segurar ao menos um empate. Ao Nacional basta vencer por 1 a 0, já que conseguiu balançar a rede na condição de visitante.

Agora, o Cruzeiro se concentra no encerramento da primeira fase do Campeonato Mineiro. Já garantido na segunda colocação, o time de Mano Menezes receberá o Democrata às 11h do próximo domingo, no Mineirão. O treinador deverá escalar equipe formada por reservas.

Ábila foi decisivo no jogo contra o Nacional (Foto: Yuri Edmundo/Cruzeiro)

Início complicado

Assim que a bola rolou, o Cruzeiro tomou ciência de que teria pela frente um oponente disposto a se defender de maneira ferrenha. O Nacional entrou no gramado do Mineirão com laterais/zagueiros e meio-campistas em linha. Até os atacantes eram orientados a pressionar constantemente a saída de bola celeste. Como se não bastasse a retranca do adversário, a Raposa cometeu faltas bobas no começo da partida. Na primeira, Juan Manuel Salgueiro errou no cálculo e mandou a bola nas mãos de Rafael. Na segunda, aos 4min, colocou a redonda na cabeça de Jonathan Santana, que desviou de cabeça e abriu o placar para os paraguaios: 1 a 0. Nem o mais pessimista torcedor imaginaria levar um gol tão rápido.

Se na teoria o Cruzeiro queria vencer por grande vantagem em Belo Horizonte para atuar com tranquilidade no jogo de volta, na prática necessitaria de grande desdobramento para tentar a virada. Mas era preciso ter calma e atacar de maneira organizada. Sem desespero. Aos poucos, o time se encaixou. E acuou o Nacional, que partiu para a estratégia de “matar” jogadas. Numa dessas faltas, Arrascaeta cobrou fechado e exigiu defesa difícil de Gimenez. Em seguida, aos 25min, o camisa 10 conduziu a bola, escapou da infração e tocou para Thiago Neves, que girou em cima da marcação e bateu de canhota para o fundo das redes: 1 a 1.

Esperava-se que a Raposa continuasse na pressão para tentar a virada, mas o ritmo voltou a cair. E em jogo de mata-mata, qualquer descuido pode ser aterrorizante. Novamente, o Nacional apostou na bola aérea. Em cruzamento de Rojo, aos 35min, Bareiro cabeceou no canto direito e obrigou Rafael a se esticar para defender. No lance, o atacante paraguaio se chocou com Manoel, sofreu um corte na cabeça e precisou ser levado ao posto médico do Mineirão. Villagra o substituiu. Pouco antes, o técnico Roberto Torres havia trocado Paniagua por Orzusa, também por contusão. Nos acréscimos, o Nacional quase marcou o segundo gol com Jonathan Santana, em chute de longe. A redonda passou rente à trave esquerda de Rafael.

Wanchope resolve

Mesmo com a irregularidade da equipe nos primeiros 45 minutos, Mano Menezes não efetuou nenhuma substituição no intervalo. O Cruzeiro voltou para o segundo tempo com amplo domínio na posse de bola, mas sem ninguém para concretizar os ataques. A saída então foi apostar em Ramón Ábila. No argentino artilheiro da Copa Sul-Americana de 2015, com cinco gols, pelo Huracán que chegou até a decisão e só parou no colombiano Santa Fe, nos pênaltis. No camisa 9. No xodó da torcida.

Aos 17min, Ábila entrou no lugar de Rafinha. Aos 19min, foi protagonista de um rebuliço na grande área que terminou com pedido de pênalti do goleiro Giménez – não marcado pelo árbitro venezuelano Juan Soto. Aos 21min, aproveitou-se de um chutão despretensioso de Mayke. Com muita força, Wanchope ganhou a jogada dos zagueiros do Nacional, driblou o goleiro e levou a torcida à loucura no Gigante da Pampulha: 2 a 1. Na comemoração, correu em direção à torcida, pulou, festejou e vibrou como se fosse um título.

Na reta final da segunda parte, o jogo ficou lá e cá. O Nacional quase empatou aos 23min, em finalização de García. Aos 27min, teve gol corretamente anulado. Já o Cruzeiro esteve perto do terceiro gol em tentativas de Arrascaeta, Hudson e Manoel. Mas parou por aí. Tudo aberto para o reencontro entre brasileiros e paraguaios, em pouco mais de um mês.

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(Fonte: Super Esportes / Rafael Arruda)

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