Libertação de condenado por morte de bailarino deixa família revoltada em Montes Claros

0

A família do bailarino Igor Xavier, assassinado em 2002, está revoltada com liminar que colocou em liberdade o acusado do crime, Ricardo Athayde. O crime foi em Montes Claros, no Norte de Minas, e Ricardo Athayde foi julgado e condenado, em 2013, a 14 anos de reclusão. Na época, a defesa recorreu da decisão e conseguiu reduzir a pena para 12 anos; o réu conseguiu ainda recorrer em terceira instância em liberdade.

No dia 16 deste mês, Ricardo Athayde foi preso em Belo Horizonte. A Polícia Civil afirmou que a prisão foi em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela vara do Tribunal de Júri de Montes Claros, em virtude da nova decisão do Supremo Tribunal Superior em prender condenados em segunda instância, que aguardavam recurso em liberdade.

Ricardo foi condenado pela morte do bailarino Igor Xavier (Foto: Juliana Peixoto/G1)

O advogado Marcelo Campos, que defende Ricardo Athayde no caso Igor Xavier, afirmou que que seu cliente conseguiu a liberdade por meio de uma liminar expedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O advogado afirma que entrou com um habeas corpus no dia 20 deste mês junto ao TJMG, que deferiu o pedido. A defesa afirma também que Ricardo Athayde foi colocado em liberdade no dia 22.

Para a defesa, a decisão do STF não se aplica a Ricardo Athayde, “uma vez que a ele foi assegurado expressamente o direito de aguardar o julgamento dos recursos em liberdade”.

“A defesa considera que a decisão que decretou a prisão para dar início do cumprimento de pena não poderia alterar as decisões que concederam o direito de aguardar o julgamento dos recursos em liberdade, contra as quais não houve recurso da acusação”, diz a defesa.

A mãe bailarino, Marlene Xavier se diz surpresa com a decisão que concedeu a liberdade ao assassino do filho. “A soltura é um verdadeiro absurdo. Já foi condenado, já tem a decisão para recolher, mas ele vai continuar livre. A prisão foi uma surpresa, nós não esperávamos. Sabíamos que ele conseguiria ser solto, mas não tão rápido assim”, lamenta.

VER PRIMEIRO

Receba as notícias do Aconteceu no Vale em primeira mão. Clique em curtir no endereço www.facebook.com/aconteceunovale ou no box abaixo:


(Fonte: G1 Grande Minas/Valdivan Veloso)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui