Operação prende quinze integrantes de quadrilha que aplicou mais de 500 golpes a pessoas de MG e ES

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Onze pessoas foram presas nesta quarta-feira (21/12/2016) em Minas Gerais e quatro, no Espírito Santo, suspeitas de participar de uma quadrilha que praticava estelionatos e lavagem de dinheiro. As prisões foram feitas durante a Operação Monte di Pietà realizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) nas cidades mineiras de Belo Horizonte, Contagem, Ibirité, Itaguara, Governador Valadares e São João do Manteninha; e em Vila Velha e Piúma (ES).

A operação teve como objetivo cumprir 14 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão preventiva. A ação teve o apoio da Polícia Militar (PM) e da Polícia Civil de Minas Gerais e do Espírito Santo e do Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

De acordo com o MPMG, os criminosos, em sua maioria, davam golpes em policiais militares e das Forças Armadas da reserva, geralmente idosos ou portadores de doenças graves. Os estelionatários enganavam as vítimas com falsas alegações de que teriam direito a vantagens em dinheiros por causa de ações judiciais contra entidades de previdência privada ou de seguros de vida.
Segundo os promotores, os suspeitos conseguiam convencer as vítimas a depositar grandes valores referentes a falsos honorários, sob a alegação de que deveriam fazer os pagamentos para ter direito na liberação do dinheiro.

A quadrilha ainda teria usado nomes de autoridades do alto comando da PM para dar credibilidade ao golpe. Mais de 500 pessoas teriam sido lesadas.

Grupo utilizava dinheiro da fraude para aquisição de imóveis de luxo (Foto: Divulgação/PM)

Monte di Pietá

A operação contou com a participação de dois promotores de justiça, um delegado de Polícia Civil e 92 policiais militares de Minas Gerais, além de um promotor de justiça e 18 policiais militares do Espírito Santo. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde se localizava a maioria dos locais das buscas e dos membros da organização presos, a ação contou com o apoio de policiais do Batalhão Rotam.

A operação foi batizada de Monte di Pietá em alusão às instituições de caridade e sociedades privadas de ingresso voluntário surgidas no século XV, na Itália, como forma de combater a usura. Nelas, os pobres poderiam obter uma quantidade de dinheiro e penhorar seus pertences para satisfazer suas necessidades mais básicas no futuro, tais como amparo em caso de doença, prisão, incapacidade e morte. As instituições italianas deram origem aos montepios no Brasil, entidades mais antigas de previdência social, referidas pela organização criminosa em diversas ocasiões para enganar suas vítimas.

(Fonte: G1 Minas, Gaeco e MPMG)

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